Sem ingenuidade e com as tensões e contradições próprias das democracias constitucionais e do Estado forjado nessas bases, seguimos desde 1988 aprendendo, a duras penas, que o regime democrático é o espaço e o tempo em que se disputa o poder e a hegemonia e nos quais podemos rever as nossas escolhas, conforme procedimentos sobre e a partir dos quais deliberamos para, assim, decidir sobre nossos direitos e sobre as engrenagens que tornam possível mobilizá-los, por meio das instituições e nas ruas. Isto é, em regimes políticos não democráticos, não constitucionais e não pluralistas a pedagogia é a da violência, da força bruta das palavras e das armas, das duras botas, das mentiras difundidas como verdades, dos ataques às instituições e às pessoas em suas singulares formas de ser e estar. (…) O livro “Os crimes contra as Instituições Democráticas” que se apresenta ao leitor, pela qualidade da pesquisa feita por seus autores, pela atualidade do tema e pela necessidade da sua discussão é de leitura necessária e obrigatória.